style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert/arquivo
Com um cenário diferente do que costuma ser presenciado nos meses de janeiro de outros anos, quando as exportações do agronegócio gaúcho não se mostravam muito fortes, agora, em 2022, as comercializações do setor, em âmbito internacional, foram de U$ 1,1 bilhão, um aumento de 110% na comparação com o mesmo período de 2021. Ainda de acordo com os dados que constam no Relatório de Comércio Exterior do Agronegócio do RS, da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o agronegócio representou 73% do total de US$ 1,6 bilhão exportado pelo Estado nos diferentes setores.
No que se refere ao volume, as 993 mil toneladas passaram para 1,9 milhão de toneladas neste mesmo período. A soja é um dos produtos que lidera essa alta representatividade, chegando a aproximadamente 32%. As primeiras posições do ranking também são assumidas pelas carnes, cereais, soja, fumo e produtos florestais, totalizando 89% do valor que é vendido pelo agronegócio e 97% do volume comercializado. Conforme o analista de Relações Internacionais da Farsul, Renan Hein dos Santos, a China é o principal parceiro comercial, sendo destino de quase 29% do valor e 35% do volume exportado.
- Além da China, também entra o resto da Ásia, que tem US$ 516 milhões para lá. A gente pode ver que têm mercados muito interessantes que a gente precisa dar uma atenção muito grande, precisa de muitos alimentos, populações enormes, com vários países com necessidade de segurança alimentar muito forte. A China é esse grande motor, mas a Ásia como um todo é bastante importante. Depois, também temos exportações importantes para a União Europeia, Oriente Médio e Estados Unidos da América - comenta.
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No que se refere às exportações de carnes, houve um aumento de cerca de 41% na carne bovina ao ser feita uma comparação com janeiro de 2021, segundo Santos. Além disso, quando se fala em carne de frango, o acréscimo foi de 33%. Enquanto isso, os suínos registraram uma queda.
- A carne bovina, a gente vê uma recuperação com exportações para a China. Também a carne de frango muito forte para o Oriente Médio e a carne suína uma pequena queda, que nos parece ser por causa da recuperação parcial do rebanho chinês, que deu uma diminuída no apetite deles por carne suína, mas que continuou com números bastante interessantes - explica Santos.
* Com informações da Agert